31 de dez. de 2009

Novo?


E um ano que se acaba na vida de todo poeta e de toda poesia. Poesia criada em 2009 é guardada na gaveta do passado, que venham várias outras para brindar o novo ano. Ano de esquecer romances proibidos, de agradecer pessoas novas que surgiram. De lamentar pessoas velhas que erraram de modo imperdoavel. O ano novo é de esquecimento... Olhar para a frente, para o horizonte, usar uma cor que traga sorte, amor, esperança, espiritualidade, usar uma cor que significa aquilo que você busca. O ano novo é de buscas... E que os velhos anéis caiam dos dedos, sejam substituidos por marcas e que essas marcas sejam eternas. Coração eterno... Cardíaco... O ano novo é de mudanças... Que todas sejam para melhor, que a letra mude, o disco troque e o filme continue, há tanto a aprender, mudar e usar, desgastar revigorar e amar. O ano novo é um dia de esperança... E a esperança é sempre a última a ir embora. Prometo não prometer nada nessa virada de ano e nem encher meu ano de objetivos. Me... Prometo.

Traga um copo, cheio do seu velho sonho, despeje-o em minha porta e que nessa troca todos saiam ganhando... Ano novo... Novo ano... Feliz?

11 de dez. de 2009

Só.

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Alexandre Ferreira

Eu vejo partes de mim, espalhadas pelo chão.
partes puras, cruas, escuras, semi-nuas
envoltas pela poesia que escorre do seu corpo...