28 de ago. de 2009

É Tudo Tão lindo no lugar Onde Você Mora


Mundo (Lindamente Morto) Mundo
Alexandre Ferreira (AlxSeth)

Seguem-se dias inocentes,
Paz entregue na porta da sua casa,
Amor devotado pela música do rádio.
Lágrimas escondidas no banheiro...

Água limpa da sua torneira
Lava suas mãos sujas de dor.
O ar limpo do seu planeta
Suja o que lhe resta de pulmão.

É tudo tão lindo no lugar onde você mora!
A noite nos becos da fome,
Os vagalumes seriam tão lindos
Se ainda vivessem por aqui.

E os dias são claros com a fumaça cinza,
Os pássaros gritam como as buzinas,
As árvores crescem como os prédios.
É tudo tão lindo no lugar onde você mora!

A chuva molha seu corpo,
A chuva suja de esgoto.
O sol brilha queimando sua perna.
A lua escurecida pelas luzes da sua cidade.

É tudo tão lindo no lugar onde você vive!
As estrelas desaparecem com a noite,
Os pássaros morrem com o dia.
Minha, nossa vida vazia...

É tudo tão lindo no lugar onde você vive,
Tudo isso por você e seu desinteresse!
É tudo tão morto no lugar que você construiu!
É tudo isso tão humano,
.

25 de ago. de 2009

Felicidade (História De Eterno Vermelho: Parte 1)


Os dias contam noites mal dormidas, onde a luz se apaga e os olhos se acendem, acordo há cada hora querendo seu corpo ao meu lado, enchendo a minha cama com seus afagos, seus olhos e sua voz. As horas contam séculos que não passam e repassam na mente momentos que eu só vi, vivi e senti com você. Seu nome cravado na minha cama, suas unhas na minha carne mostram que a cada abrir dos olhos seu corpo cravou-se na minha alma, as luzes ficam fracas sem seu corpo para elas se refletirem, as paredes ficam vazias sem suas mãos para sentirem, e meus olhos ficam fechados sem seu rosto pra louvar. O sorriso se forma em meu rosto quando te vejo caminhar na minha direção, primeiro o abraço e depois o beijo, o carinho e o desejo, o sucesso e o sossego, o amor e o apego, o eterno e o perfeito.

Não sei escrever sobre o que é tudo o que somos, não há palavras para exprimir o nosso mundo feito de apenas um quarto, uma cama e nossas roupas pelo chão. Pode-se dizer amor, pode-se dizer paixão, pode-se dizer luxúria, pode-se dizer razão, mas nada pode ir contra isso que nos une assim, tão.

(Resposta ao Desafio proposto pela Red Zeita proponham aqui o próximo desafio)

Se Existe Gente a minha Volta eu Não Vejo


Por Amor
Ira!

Movido apenas por amor vou em frente
E é sempre, apenas, por amor que eu reduzo
Às vezes certo, as vezes meio confuso
Mas sempre forte, sempre, sempre mais quente
Se existe gente a minha volta eu não vejo
Pois o desejo é como um véu que me cobre
E se a distância me revela ser pobre
Mais rico estou quanto mais perto de um beijo.

Por amor,
Eu perco o dia inteiro querendo te ver
Eu como tão depressa e nem sinto prazer
Por amor...

Por amor,
Enfrento a tarde e o cinza do céu
Eu passo as noites chorando num quarto de hotel
Por amor...

Nossos Dias


Nós nos Nós
Alexandre Ferreira (AlxSeth)

Os nossos minutos,
Seus olhos gritam,
Sua boca morde,
Seu corpo contraido,
Suas mãos fortes...

As nossas horas,
Seus olhos pedem,
Sua boca provoca,
Seu corpo relaxa,
Suas mãos tocam...

Os nossos dias,
Seu olhos dormem,
Sua boca sorri,
Seu corpo no meu,
Suas mãos nas minhas...

Suas mãos fortes,
Seu corpo contraido,
Sua boca morde,
Seus olhos gritam,
Nossos minutos...

Suas mãos tocam,
Seu corpo relaxa,
Sua boca provoca,
Seus olhos pedem,
Nossas horas...

Suas mãos nas minhas,
Seu corpo no meu,
Sua boca sorri,
Seus olhos dormem,
Nossos dias...

Eterno circulo
De um Amor
Perfeito.

18 de ago. de 2009

Happiness...


"It´s in the water, baby, it´s between you and me..."


"We want the world and we want it... Now!!!"


The First...

Post Feliz da Red Zeita.

Já Não São


Corpos e Guerras
Alexandre Ferreira (AlxSeth)

Os olhos deitam o dia
Os braços fracos
As pernas tremem
O peito pula

Os olhos deitam a noite
Fechando-se pra uma lua velha
Os braços dormem
As pernas cedem
O peito sente

Os olhos deitam as horas
Sugando a vida que se esvai do mundo
Os braços quebram
As pernas andam
O peito grita

Os olhos deitam os minutos
Quebrando a sequencia de cada intuito
Os braços foram
As pernas resistem
O peito enfraquece

Os olhos deitam o resto
Destroçando o que chamam vida
Braços
Pernas
Peito, já não são.

E eu Vou Perder meu medo em Apostas


Nantes
Beirut (Letra original em inglês)

Bem, já faz muito tempo, muito tempo agora
Desde que eu vi seu sorriso
E eu vou perder meu medo em apostas
E eu vou perder meu tempo em apostas
E em um ano, um ano ou mais
Isto vai deslizar para o mar
Bem, já faz muito tempo, muito tempo agora
Desde que eu vi seu sorriso

Ninguém levanta suas vozes
Só uma outra noite em Nantes
Ninguém levanta suas vozes
Só uma outra noite em Nantes

Uma Idéia

Como estou sem muita inspiração, vocês puderam perceber pelo número de postagens que diminuiu bastante, e também, como eu acredito que é com desafios que se evolui vou sugerir um novo "marcador". Nesse marcador os visitantes do blog devem sugerir um tema pra uma poesia ou "crônica" e eu tentarei escrever sobre o que foi sugerido. As sugestões serão nos comentários desse post e depois vão ser colocadas em cada poesia postada. Espero que me ajudem nisso e até breve!

9 de ago. de 2009

Ao Mundo Morto


Ao mundo morto em que vivemos escrevo esses tormentos, pra quem sabe um dia ser lembrado por alguém que busca paz de espirito, ou apenas um dia tranquilo. O mundo morreu, as pessoas estão jogadas nas ruas, fingindo correr para seus sonhos, somos zumbis em um mundo morto, mundo morto que chamamos de lar, que dizemos amar. Como temos coragem de amar tão grande atrocidade? Grandes erros queimados nas páginas da história, eu me revolto, eu me preocupo, eu lamento. Lamento a multidão cega, surda, muda que mantêm um sorriso no rosto e uma esperança no fundo dos olhos. Eu lamento enxergar toda essa podridão que cai dos meus pés, toda essa podridão que cai dos céus. Eu lamento o momento em que me deito esperando um bom outro dia. Sinto-me mais um iludido, mais um pseudo-salvador do planeta, mais um entre tantos outros, só mais um, só mais um clone, mais um zumbi, mais um humano, demasiado humano. A TV insiste em me jogar mortes na cara, como se mostrar assassinatos, estupros, acidentes fosse diminuir a carnificina no planeta, ninguém se conscientiza, ninguém se mantêm são, todos de perto são esquizofrenicos, todos são tão iguais. O amor foi banido das músicas, os refrões não gritam mais mudanças, mas pedem mais prazer, apenas prazer... O quê fizeram com os olhos que viam, Os ouvidos que ouviam E as mentes que pensavam? Onde está a juventude que evolui, que destrói para construir? Estamos em um mundo onde ser cego é útil, ser mudo é obrigatório e ser surdo é essencial, estamos em uma era de involução, uma era de clones, como todo grande homem já sonhou...

Foda-se a revolução, tragam o apocalipse!

6 de ago. de 2009

There Will Always Be Light



For Us...

Imagens escolhidas por Red Zeita

4 de ago. de 2009

Chega de Vontade



Bossa Velha Nova (Possivel Péssima série: Músicalogia)
Alexandre Ferreira (AlxSeth)

Com meu violão ao lado
Cantando a canção calado
Criando Bossa em meu criado
Correndo sozinho, sentado

Fiz dois pequenos versos
Fixei as palavras nessas linhas
Faço Bossa pra minha menina
Feliz em saber que ela vai chorar

Quisera eu poder tocar
Quando te visse passar
Quão linda melodia
Mas são pobres rimas
Pobre melancolia

Tiro minha voz do bolso
Tenho um grito forte
Tantas palavras em tão pouco
Mas isso é Bossa
Sussurros novos ao seu ouvido

Chega de vontade
Que a realidade não é tão ruim
Canto os versos pobres
São tão feios pra mim
Que sejam ricos pra ti
E que novamente
Minha Bossa te faça sorrir.

Que Falam de amores Com tanta Poesia


Seus Olhos
Gonçalves Dias

De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta
De noite cantando, — mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.

São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; — causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,
Às vezes vulcão!

Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto umedece
Me fazem chorar.

Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa — a pensar.

Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto co'um véu.

Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.

Citação do Dia

"Experiência é o nome que nós damos aos nossos próprios erros."

Oscar Wilde (Dramaturgo, escritor e poeta irlandês)

2 de ago. de 2009

Poesia Vista





Eu me Prometi um Futuro


Há Novo
Alexandre Ferreira (AlxSeth)

Deito meus sonhos nesse dia vazio
Cuido as palavras da minha oração
Queimo os martirios da minha carne
Afogo as lágrimas do meu coração

Quero erguer meu corpo do chão
Sorrir a cada nova canção
Eu enterrei meu passado
Eu me prometi um futuro

Eu estou indo, seguindo
Deixo os dias vazios
Não preciso deles mais
Já não há neblina
Há o céu, o sol, o mel

Agora há ela
Eu há
Haverá de sempre
Haver eu pra ela.