Lá se vai a chuva dando lugar ao sol A água reflete seu rosto sujo de lágrimas O céu tenta se apresentar belo a você Mas apenas o chão chama seus olhos
Aqui está o caminho das flores E você anda apenas pelas calçadas As flores tentam encontrar seus olhos Mas você só vê a pedra que seu pé chuta
Já se foram os tempos obscuros Em que viver era uma missão Agora a luz busca um lugar em seus olhos Mas você insiste em ficar com eles fechados
Assim passarão os dias de vida Eternas histórias de sorte Assim pode acontecer Para mudar... Assim será?
Insuficiência dos Ditames da Razão contra o Poder de Amor Bocage
"Sobre estas duras, cavernosas fragas, Que o marinho furor vai carcomendo, Me estão negras paixões n’alma fervendo Como fervem no pego as crespas vagas:
Razão feroz, o coração me indagas, De meus erros a sombra esclarecendo, E vas nele (ai de mim!) palpando, e vendo De agudas ânsias venenosas chagas:
Cego a meus males, surdo a teu reclamo, Mil objetos de horror co’a idéia eu corro, Solto gemidos, lágrimas derramo:
Razão, de que me serve o teu socorro? Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo; Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."
Está tudo bem, acho que sempre foi assim Nada pra sentir, espero outro dia vir Eu quero te ligar, eu quero algo pra beber Algo pra encher, algo que me faça acreditar
Sempre ausente, me faz sorrir Sempre distante, dorme aqui
Enquanto você se produz Eu vejo o que não vê Crescer para que? Ser e esquecer Eu corro contra a luz Eu fujo sem entender Vencer para que? Ser e esquecer
O rock acabou melhor, melhor ligar sua TV Ela nunca está, ela nunca vai entender Eu gosto da sua saia assim, vem deitar perto de mim Verdade eu não me importo, quero um amor que não sei mais sentir
Sempre ausente, me faz sorrir Sempre distante, dorme aqui
Enquanto você se produz Eu vejo o que não vê Crescer para que? Ser e esquecer Eu corro contra a luz Eu fujo sem entender Vencer para que? Ser e esquecer
Bem, para quem já conhecia a famosa animação do Tim Burton : Vincent (1982) aqui vai uma versão com o cover que o My Dying Bride fez do Portishead: "Roads" é melancólica o suficiente para ter me feito chorar ao ver este vídeo pela primeira vez. Apreciem.
Eu quero a sina de um artista de cinema Eu quero a cena onde eu possa brilhar Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo Um beijo imenso, onde eu possa me afogar
Eu quero ser o matador das cinco estrelas Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão A Patativa do Norte, eu quero a sorte Eu quero a sorte de um chofer de caminhão
Pra me danar por essa estrada, mundo afora, ir embora Sem sair do meu lugar
Ser o primeiro, ser o rei, eu quero um sonho Moça donzela, mulher,dama, ilusão Na minha vida tudo vira brincadeira A matinê verdadeira, domingo e televisão
Eu quero um beijo de cinema americano Fechar os olhos, fugir do perigo Matar bandido, prender ladrão A minha vida vai virar novela
Eu quero amor eu quero amar Eu quero o amor de Lisbela Eu quero o mar e o sertão
Eu busco seu corpo todo dia que acordo, seus olhos apesar de fechados, continuam acordados, você dorme como a mais bela das princesas, você respira meus sorrisos, você preenche minhas noites de calor, você dorme tão silenciosa... Meu corpo agarrado no teu, o cheiro dos seus cabelos, seu corpo todo no meu...Você dorme tão silenciosa... Aperto você contra o eu, para ter certeza que você me quer tão perto quanto eu a quero tão perto. Eu sou um poeta que de doenças não vive mais, vive do vermelho vivo e sangrento dos seus cabelos, do branco limpo e belo da sua pele, do gosto doce e quente da sua boca. Vivo de você... A mulher que eu procurei por versos já perdidos, que busquei nas estrofes de poesias alheias, nas páginas de livros espalhados pelo meu quarto. A mulher que completa as poesias, que torna viva cada linha, que preenche cada verso, que pinga de cada uma das estrofes, que transborda de cada palavra amorosa, doce... Você é tão doce... Eu sou tão nada, cantando palavras a lua dourada, falando de amor para as paredes, escrevendo em palavras erradas tudo aquilo que grita dentro da minha cabeça. Só tenho textos e poesias pra te dar, armadas de palavras rasamente fundas, simplesmente suas, palavras minhas, mas suas, só tenho palavras pra lhe cantar, histórias pra contar, sinais para ditar e sonhos para sonhar, só isso posso te dar... Busco os jardins onde florescem as árvores com as suas palavras, eu busco seus olhos, sua boca, suas poesias, seus sorrisos.
Eu busco me encontrar em você e te encontrar em mim, sempre assim, que seja sempre assim.