28 de nov. de 2009

O Peito que criava vida, Morre


A-Guardo
Alexandre Ferreira

Todos os risos se fecham agora
O ar que formava palavras silencia
O peito que criava vida, morre

Só me resta à quietude da terra
Movendo-se sobre minha caixa
Agora preso, penso, perdôo
Levo votos de saúde
Ligo meus pêsames ao chão

Tento fazer com que seja calmo
Os olhos já não vêem o dia claro

Livre dos medos, anseios, vontades
Indigno do céu, dono da podridão
Vivi
E foi pouco demais pra viver... Apreender

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