Me fiz de morto pra ver passar a vida Escondi-me no fundo do poço esperando a água secar Corri descalço pelas ruas, sentindo o sangue me lavando E fui me levando, pro lugar onde sempre quis estar Longe de tudo, dono do nada.
Isso me lembrou (talvez não haja conexão nenhuma. Provável que não haja) não sei por que o Dante Milano. Não sei se você o conhece; é um escritor pouco conhecido, aliás, como eu li por aí, é um escritor fantástico não-reconhecido e mais que tudo, não-reconhecido porque não gostava da fama. Enfim, aqui está uma de minhas poesias favoritas dele:
Glória Morta
Tanto rumor de falsa glória, Só o silêncio é musical, Só o silêncio, A grave solidão individual, O exílio em si mesmo, O sonho que não está em parte alguma. De tão lúcido, sinto-me irreal.
2 comentários:
Isso me lembrou (talvez não haja conexão nenhuma. Provável que não haja) não sei por que o Dante Milano. Não sei se você o conhece; é um escritor pouco conhecido, aliás, como eu li por aí, é um escritor fantástico não-reconhecido e mais que tudo, não-reconhecido porque não gostava da fama. Enfim, aqui está uma de minhas poesias favoritas dele:
Glória Morta
Tanto rumor de falsa glória,
Só o silêncio é musical,
Só o silêncio,
A grave solidão individual,
O exílio em si mesmo,
O sonho que não está em parte alguma.
De tão lúcido, sinto-me irreal.
Dante Milano
Bom demais. '-'
Postar um comentário