Eu escrevi um poema triste E belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti essa tristeza Mas das mudanças do Tempo, Que ora nos traz esperanças Ora nos dá incerteza... Nem importa, ao velho Tempo, Que sejas fiel ou infiel... Eu fico, junto à correnteza, Olhando as horas tão breves... E das cartas que me escreves Faço barcos de papel!
Algumas pessoas cantam De quando outras amaram Alguns poetas sabem fazer Da sua poesia chover felicidade
Alguns alguéns são melhores que eu Outros outréns são vistos bem Humano demasiado humano Me deixo levar pela sua presença
Me escolte até o seu corpo Me prenda aos seus pulsos Marca minha carne com seus triunfos E com seus grandes erros
É isso o que sou Mais um alguém no meio de alguns Um perdido individuo onde só vivem pessoas Um poeta no lugar onde as letras não existem Pra você, apenas mais um...
(improvisando uma poesia na hora da postagem, não gostei do resultado, um dia melhoro e posto ela de novo)
Diz-se que o tempo irá mudar Que não mais sorrisos sairão de nós Diz-se que o vento irá curar A ferida aberta nos nossos corações
Tudo se foi para o livre e longe Onde nossos passos não podem chegar Nada é mais como era ontem Até seus beijos de lábios trocaram
Em outros corpos tento te encontrar Segurar seus sorrisos, de amor me banhar Mas você já se foi, pra não mais voltar Era certa a profecia de que tudo iria mudar.
"A aceitação da dor é o primeiro passo para suportá-la, caso contrário, o pessimismo, a impaciência e a intolerância, poderá transformá-la num fardo além de suas forças."
Você está em frente ao espelho, quando o sino tocar seu reflexo lhe dará as costas e sairá andando, a cada passo ele irá envelhecer um ano, a cada passo ele irá matando o amor que está dentro de você, a cada passo ele estará mais perto da morte. A esperança é a última que morre e a primeira a renascer para se alimentar de suas lágrimas. Cantei! Cantei! Como é ruim cantar assim, essa canção de uma nota só, de uma batida só, de um sorriso só. Pode ir, pode voltar de onde veio, meu coração cheio do seu cheiro, marcado das suas unhas, solte-o, ele está apressado para fugir do seu abraço. Leva o pedaço arrancado de mim, leva os teus sinais que a saudade dói como uma faca, que aos poucos abre a pele e a apodrece. Meu relógio marca sempre a mesma hora, o mesmo dia, o mesmo número, meu relógio marca a febre do meu corpo, a doença do meu peito, marca as poesias pra você os lamentos por você, marca a dor e a felicidade, marca o amor e o ódio. Meu relógio é meu lembrete de tristeza.
Vai, parte enquanto é cedo, enquanto o controle me resta. Seguro meu coração com as mãos, para sufocar todos os sentimentos saídos dele, é melhor assim...
Eu diria que estou arrependido Se achasse que isto faria você mudar de idéia Mas eu sei que desta vez Eu falei demais Fui indelicado demais Eu tento rir disso tudo Cobrindo com mentiras Eu tento rir disso tudo Escondendo as lágrimas em meus olhos Pois garotos não choram Garotos não choram
Eu me desmancharia aos seus pés Mendigaria seu perdão Imploraria a você Mas eu sei que é tarde demais E agora não há nada que eu possa fazer Por isso eu tento rir disso tudo Cobrindo com mentiras Eu tento rir disso tudo Escondendo as lágrimas em meus olhos Pois garotos não choram
Eu diria a você Que te amava Se achasse que você ficaria Mas eu sei que é inútil E você Foi embora Julguei mal o seu limite Fiz você ir longe demais Te subestimei, não te dei valor Pensei que você precisasse mais de mim Agora eu faria qualquer coisa Para ter você de volta ao meu lado Mas eu só fico rindo Escondendo as lágrimas em meus olhos Pois garotos não choram garotos Garotos não choram Garotos não choram
Sorriso, riso, sem sentido o arrependimento bate a porta como a chuva cai do céu. Os lábios dela são quentes e seus olhos são lindos, sua voz sorridente seu pensamento descrente. Não há nada que possa descrever aquele momento, erro ou acerto? Falo sempre sobre o que gostaria de ter e ser, porque não falar do que não quero? Não quero a distância que afasta nossas bocas, não quero o frio que está gelando nossos corpos, não quero o olhar de ódio que você aponta pra mim. O que os livros reservaram para minha vida não passa de desejar ter e não poder, não passa de ver tudo desmoronar, não passa de erros. Os livros reservam felicidade plena para alguns, os livros cantam história de amor para outros. O perfume dela ainda está impregnado no meu quarto, eu olho o retrato dela na parede, eu choro enquanto um sorriso brota no meu rosto sujo de dor. Ela me julga tão importante quanto um filme, ela me canta nas tortuosas ruas da aflição, ela me vomita ao chão no fim de tudo. Ainda sinto o gosto de cigarro do seu beijo, ainda sinto o cheiro do nosso sexo, ainda choro as marcas que ganhei, as marcas que lhe dei. Eu mereço cada chaga do meu corpo, cada prego na minha mão, cada morte nas minhas costas, eu mereço o pecado, eu mereço a dor, eu mereço a solidão.
Uma cicatriz para cada acerto, um amor perdido para cada pecado.
Não saber sobre o que escrever, mas sentir a necessidade de escrever é uma das piores coisas que pode acontecer com uma pessoa, e é o que está acontecendo comigo. A raiva atinge o ponto máximo, e eu não posso gritar para as paredes, não posso gritar para os céus, tenho que sufocar tudo nessas frases mal escritas. Queria ver alguém olhar o futuro e sorrir, me abraçar pra me acalmar, suspirar que tudo vai ficar bem, mas não fazem isso verdadeiramente, estamos na época do um por si e todos por si mesmos. Usamos rimas pobres para falar de amor, usamos versos pobres pra cantar nossas alegrias, mas usamos das mais ricas e belas palavras pra nos deprimir. Queria por um dia ser diferente, ser outra pessoa, ser o oposto de mim, queria conseguir o que sonhei com a facilidade que os outros conseguem, queria publicar um livro e ser lido por algumas pessoas, queria ver um anúncio com meu nome, queria me ver cantar, queria ser outra pessoa. As vezes também queria deixar de pensar, seria tudo tranquilo então, não olharia tudo com desanimo, não seria tão pessimista como sou, queria, mas querer não é poder. Poder é dinheiro e dinheiro hoje em dia é vida. Se fossemos diferentes seriamos melhores ou piores?
Eu vi um filme, eu li livro, neles, nós seres pensantes, éramos parte de um parque de terror.
Existem outras coisas para carregar nas costas Existem outras pedras para tirar do caminho Você já sugou muito a minha energia Já bebeu muito do meu pulso Está na hora de partir
O adeus é tão difícil de dar Você está presente em cada nota do meu violão O ritmo que se prende na minha cabeça Você está lá em cada letra do meu caderno Esperando a margem acabar
Os olhos sorridentes daquela foto antiga Enfeitam o azul escuro da minha parede O anjo que perde as asas se colore no quadro pintado Eu deitado, sorrindo desolado, atado ao erro de te manter ao meu lado.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, melhor é não ama-las, melhor é apenas suportá-las. Todos querem ouvir seus lamentos com atenção, te dar as costas e lançar tudo para o céu. Quero ser o que não posso ser, sorrir sem ter dentes pra isso, quero viver com quem vive outra vida, vida distante do que eu vivo. Viver, o que é viver? É só passar um tempo aqui sofrendo e sorrindo, bebendo e fumando, gritando e sussurrando, chorando e fazendo sexo? Viver é só suportar os seus problemas até o dia da sua morte, depois disso por pior pessoa que você tenha sido, a sociedade lhe prestará tributos. Hipocrisia humanitária, abraçando os que choram pra dizer que um humano nojento a menos é uma grande perda. Não tenho voz suficiente pra gritar aos jornais que é preciso dar valor a vida e não a morte, não tenho voz o suficiente pra gritar em frente aos politicos que o dinheiro que eles pegam, pode estar matando outro. Não tenho voz? Não tenho coragem? Ou apenas sei que sou tão sujo quantos eles, que me colocando no lugar deles, faria o mesmo? Somos todo no fim farinha do mesmo saco? O mesmo velho erro de deus? Deus, olá?
Você me veio como um sonho bom, e me assustei, não sou perfeito eu não esqueço a podridão que nós temos, e todos conseguem perceber, mas fingir que não vê. Eu homem feito, tive medo, mas mesmo assim peguei no sono.
Parece cocaína Mas é só tristeza Talvez tua cidade Muitos temores nascem Do cansaço e da solidão Descompasso, desperdício Herdeiros são agora Da virtude que perdemos...
Há tempos tive um sonho Não me lembro, não me lembro...
Tua tristeza é tão exata E hoje o dia é tão bonito Já estamos acostumados A não termos mais nem isso...
Os sonhos vêm e os sonhos vão E o resto é imperfeito...
Dissestes que se tua voz Tivesse força igual À imensa dor que sentes Teu grito acordaria Não só a tua casa Mas a vizinhança inteira...
E há tempos Nem os santos têm ao certo A medida da maldade E há tempos são os jovens Que adoecem E há tempos O encanto está ausente E há ferrugem nos sorrisos Só o acaso estende os braços A quem procura Abrigo e proteção...
Meu amor! Disciplina é liberdade Compaixão é fortaleza Ter bondade é ter coragem (Ela disse) Lá em casa tem um poço Mas a água é muito limpa...
O que era certo mostrou-se incerto. Dias correm alucinadamente, as pessoas passam sem olhar pros lados, sem respeitar seus desejos, sem respeitar seu espaço. O cheiro de gente está impregnado no ar, no palco um piadista é irônico ao falar de amor, mascárados rimos todos na platéia, tentamos nos enganar que não passamos por aquilo. Volto pra casa solitário, me jogo no sofá e a TV me vomita um jornal que fala sobre sorte, sobre cortes de salários, sobre esporte, sobre a morte, é tudo no fim sobre a morte. Um filme seria bom, comédia, pegue uma comédia, mas eu só tenho dramas de guerra! Soldados caem pelo campo de batalha, eu já não consigo pensar, minha criança chora, se encolhe no escuro da minha mente, eu não quero guerra, eu quero amor, quero ela. Ela se vai encontrar outro outrem, um alguém que comparado a mim, me faz ninguém, ela se vai e me deixa um beijo colado, molhado no rosto, um selo de eterna amizade, ela fecha as portas da minha esperança.
Mas quando a olhei nos olhos, foi incrivel... De tanto amar, de tanto lamentar, de tanto odiar, hoje eu sorri, de tanto chorar.
Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio, em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar, trazendo restos do que achaste pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras em teu poço fechado? Algas, pântanos, rochas? O que vês, de olhos cegos, rancorosa e ferida?
Não acharás, amor, no poço em que cais o que na altura guardo para ti: um ramo de jasmins todo orvalhado, um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias de novo em teu rancor. Sacode a minha palavra que te veio ferir e deixa que ela voe pela janela aberta. Ela voltará a ferir-me sem que tu a dirijas, porque foi carregada com um instante duro e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri se minha boca fere. Não sou um pastor doce como em contos de fadas, mas um lenhador que comparte contigo terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri e me ajuda a ser bom. Não te firas em mim, seria inútil, não me firas a mim porque te feres.
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar Estou só e não resisto, muito tenho prá falar Solto a voz nas estradas, já não quero parar Meu caminho é de pedras, como posso sonhar Sonho feito de brisa, vento vem terminar Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar Meu caminho é de pedras, como posso sonhar Sonho feito de brisa, vento vem terminar Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Saiba que os poetas cantam amores E sua aflição, nessas letras mal rimadas Onde as musas não estão. Houve um dia que sorriram e sonharam, Quando se emaranhar nos seus braços Fazia-o perder noção do espaço E sorrir sufocado Nesse amor tão gentil.
O erro que parece acerto, ricocheteia nas paredes e volta para o mesmo lugar. Fixa(a)mente no mesmo lugar de sempre. Por todas essas coisas que eu segurei e por todos esses poemas que cantei, nem por isso vi um sorriso, uma cura, um olhar carinhoso de algum deus solidário. Me iludi ao som de "eu te amo's" falsos, sorri quando deveria e queria chorar. Mas quem sabe não seja o bastante, um pouco da culpa cai sobre meu lombo já sangrando. Coroado com espinhos, cabeça pesa para o lado, sorriso morto... resta de todas as belezas, sorrisos, suspiros, abraços, beijos amores, resta a dor. Esta dor que enche os olhos de vultos, o ar de absurdos e o coração de feridas. Essa dor maldita que prega na carne mais pregos e que pinta na cara mais terriveis tintas, essa dor companheira que me lembra da vida que se esvai pela minha boca, essa dor realista que me arranca a sanidade a cada piscar de olhos. Dor, essa dor, essa eterna dor, maldita eterna dor.
Textos que aliviam a mente, escritos que aliviam o peso dos ombros, por uma nova cabeça sem dor, por um novo corpo sem cicatrizes, por um novo coração inteiro...