13 de jul. de 2009

A Espera (História em Vermelho: Parte 8)


Nada novo no Front, está tudo parado, nenhuma novidade, nenhuma superação, nenhuma decisão, nenhum avanço. Vejo os dias passarem, duas semanas pra descansar os ossos, os olhos, a cabeça. "Isso vai trazer todas as respostas que precisa" Erro meu, trouxeram apenas ainda mais dúvidas, ainda mais complicações e confusões. Viver como um azarado cansa mas "ria e o mundo rirá com você, chore e chorará sozinho". Venho rindo há algum tempo, guardando no bolso do meu paletó os gritos que eu queria dar e os nós da minha garganta, sinto tudo de verdade, mostro tudo de verdade, mas me sinto um ator inútil, me sinto preso naquela mesma cama de hospital. Quero provar o que sou, o que posso, o que tenho, mas não sei por onde começar, então se erguem as verdades na música e cantam sobre a espera, a espera que eu tenho de esperar passar. "Pedro pedreiro penseiro esperando o trem/Manhã parece, carece de esperar também/Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém/Pedro pedreiro fica assim pensando/Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás". Alexandre, um velho jovem que busca a paz de espirito, um velho jovem que morre jovialmente velho. Alexandre, aquele caido no poço de sangue, bebericando o amor em copos de pinga. Embriagando-se com tanta beleza. As Vezes eu vejo o mundo dar voltas, e voltar pro mesmo lugar, tudo é um circulo gigante, a linha de chegada é a linha de partida. Ela quer ser forte e não o é, ela quer tudo mas não sabe chegar. Aonde nós vamos chegar? Sinto cada vez mais o coração dela perto do meu, mas e o seu corpo onde se escondeu? Troquei os lençóis da minha cama mas a minha sujeira ainda está lá marcada, o sal dos meus lamentos de espera. Espera que não cerra, espera... Essa espera que eu pretendo matar, enquanto ela espera tudo se ajeitar. Uma canção sobre as flores que crescem e os sinos que tocam, uma canção sobre a nuvens que correm e o rio que secou. Uma canção, uma canção que está para ser cantada.

Um texto confuso de quem tem sido acompanhado pela confusão. Um texto de espera por quem espera apenas uma... uma decisão.

Um comentário:

Feer Amaral disse...

Nossa Alê..
que texto foda cara!!
então mew... eu adoraria escrever como vc... hehehehe... acho tão massa, sério mesmo...

Idade média é o que ha... tudo era melhor!!

ah, sim... o Garfield... comer lazanha e dormir, encher o saco do dono... é mara!! auhsahshauhs

Bjooo