20 de jun. de 2009
Uma Dúvida (História em Vermelho: Parte 2)
Eu estava aqui sentado e ela estava lá sentada, os sorrisos eram fixados a todo minuto, nossos rostos tristes sorriam e desejavam, mais um pouco de tempo... As horas correm quando tudo está bem, procuro me lembrar que nem tudo está bem, assim quem sabe eu consiga mais alguns minutos ao lado dela. Eu reviro toda a minha cabeça em busca de respostas, eu ergo meus ombros pra mostrar que aguento um pouco mais de peso, eu sorrio em frente a um espelho e lembro que ali no meu peito há um pouco do que há nela. Por que ela não vê o céu como eu vejo? Por que ela não toca as estrelas como eu costumo tocar? Eu preciso de proteção pra tempestade que está por vir, eu preciso secar todas as lágrimas que caem dos olhos dela, ela merece ser feita feliz, então o que mereço eu se tudo é assim? Eu tento lembrar que a hora mais escura da noite é aquela um pouco antes do nascer do sol, mas com dois amantes da noite, o que há de acontecer quando tudo ficar claro? Eu alimento meu coração viajando pra um futuro onde tudo está certo, eu alimento a razão e minhas pernas não suportam o esforço. E aqui estou jogando tudo em palavras, buscando eternizar ela nessas tortuosas estradas, levando a dúvida em meu bolso. Será ela meu anjo, ou mais um prego em minha carne? Eu só quero sorrir enquanto me restam dentes e é isso que ela me traz, eu vou sorrir nos braços dela e a fazer sorrir comigo, eu vou segurar as mãos dela e só largar quando ela quiser. Eu vou querer, até quando o que me mantêm vivo, parar de manter.
Ali estou eu parado entre ela e a terra, e lá está ele parado entre ela e o céu...
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2 comentários:
passa no meu...
amei sua história...
BjoO, Paz e Força Sempre!
Fernanda Amaral!
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